Com a revolução dos tokens, esse modelo de negócios vem trazendo cada vez mais agilidade e segurança para as operações, sejam de consumo, sejam de investimentos. Nesse cenário, o mercado imobiliário, um dos propulsores da economia brasileira, não poderia ficar de fora.

Em um mercado que movimenta quase R$ 100 bilhões por ano em Valor Geral de Vendas (VGV) no Brasil, essa digitalização dos negócios está cada vez mais aquecida.

A crescente aderência acontece porque a tokenização do mercado imobiliário resolve dois problemas de uma só vez: O primeiro é a agilidade nas vendas, eis que porções menores são mais fáceis de negociar. O segundo é a capacidade de ampliar o mercado, pois atinge maior número de pessoas, que não possuem capacidade para grandes investimentos.

Ao comprar um token de uma propriedade, se adquire uma participação na propriedade que é proporcional ao número de tokens que possui. O valor dos tokens pode variar de acordo com o valor da propriedade, bem como outras condições do mercado.

A tecnologia de Blockchain utilizada na tokenização imobiliária é responsável por garantir a segurança e a transparência das transações. Isso é possível porque a Blockchain é uma tecnologia distribuída que registra todas as transações em um livro-razão digital que é compartilhado e atualizado por todos os participantes da rede. Dessa forma, as transações são protegidas contra fraudes e manipulações, tornando o processo mais seguro e confiável.

Já há cerca de 2 anos, uma senhora de 82 anos comprou 20% de um apartamento no Rio Grande do Sul através de tokens do imóvel. Como ela não possuía capital suficiente para comprar um imóvel inteiro e queria investir, usou o capital que tinha para comprar parte desse imóvel, representada por tokens, e passou a receber aluguel proporcional ao seu investimento. Foi assim que essa senhora se tornou a primeira pessoa no Brasil a ter propriedade digital de um imóvel.

Portanto, conclui-se que a tokenização imobiliária pode trazer benefícios tanto para investidores quanto para proprietários de imóveis, uma vez que aumenta a liquidez dos ativos, torna o mercado mais acessível e pode reduzir os custos de transação.

Angela Ribeiro de Oliveira - Greve Pejon Sociedade de Advogados